Vou te colocar no lugar de onde nunca devia ter te tirado
dentro das folhas amareladas de um passado longínquo
dentro das cores desbotadas de uma foto esquecida
numa espécie de arquivo-morto, um quartinho dos fundos
um lugar que ninguém visita, onde sua imagem estará empoeirada,
deixada num canto, disciplicentemente voltada pra parede.
E todas as canções, e todas as frases feitas, e todas palavras escritas
que a ti foram dedicadas não vou teimar em apagar, mas sumariamente esquecer
porque o coração se cansa
porque a alma se estressa
de tanto desamor
porque ninguém pode segurar um liquido com as próprias mãos
porque ninguém pode correr atrás do vento
porque se deve deixar essa mania quixotesca de combater moinhos de vento
então,só me resta tomar um pouco de amnésia
enfraquecer a memória, te te deixar cair no desuso das lembranças
te deixar ser cada vez menos
até não ser mais nada...
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